O Município de Tábua está a trabalhar na redução da fatura energética e apresentou na última reunião pública do executivo, que se realizou, de forma descentralizada, em Póvoa de Midões, um Plano Diretor da Iluminação Pública.
Aprovado com os votos favoráveis dos vereadores da oposição, o documento prevê a substituição das mais de 8 mil luminárias do concelho por lâmpadas com tecnologia LED, permitindo uma poupança na fatura energética do Município na ordem dos 50% a 60% mensais.
Antes da votação, o vereador eleito pela da Coligação PSD/CDS “Coragem para Mudar”, Fernando Tavares Pereira, afirmou ser contra o desligamento dos candeeiros de iluminação pública, porque “se estão ligados é porque são precisos”, sugerindo à Câmara Municipal uma fiscalização mais apertada do que “está ligado ou desligado” no concelho. “A Câmara tem muitos funcionários para fazer essa fiscalização”, apontou.
Também a colega de bancada, Maria do Rosário Almeida, se mostrou favorável a um apagão parcial, lembrando que cidades mais ricas da Europa, como é o caso de Berlim, na Alemanha, onde esteve há 10 anos já “tinham metade das luzes que Tábua tem ligadas à noite”. “Porque em Tábua a partir das 10 horas da noite não há ninguém nas ruas e no inverno ainda pior”, fez notar a autarca da oposição.
Lembrando o vereador da oposição que essa fiscalização já é feita através de um programa de “telegestão”, o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Cruz, garantiu não ter problemas em apagar algumas lâmpadas que “estejam a iluminar pinhais” e que “não sejam estritamente necessárias”. “Este plano que estamos a lançar agora vai-nos permitir decidir se estamos em condições de desligar algumas lâmpadas ou não”, porque, como referiu, “janeiro de 2023 vai ser difícil para toda a gente e é preciso começar a tomar medidas para minimizar os impactos do aumento dos custos energéticos”, afirmou o edil, explicando que o investimento na substituição das mais de 8 mil luminárias vai ser diluído no tempo com a “poupança energética”.
Ricardo Cruz justificou a proposta com a necessidade de redução de custos e da consolidação das contas da autarquia, sublinhando que “não somos um país, nem uma Câmara rica”, pelo que a edilidade está também a trabalhar nesta “frente” para reduzir a fatura mensal com a iluminação pública.