Na última reunião pública do ano, os dois vereadores da oposição na Câmara Municipal de Tábua estiveram eles próprios em polos “opostos”, no que respeita ao investimento do Município na iluminação de Natal, inserida no plano de animação natalícia do concelho, e que representou um investimento de cerca de 20 mil euros, incluindo a sonorização das principais artérias da vila.
O vereador Vítor Melo começou por considerar estes “gastos” em iluminação natalícia de uma “total irresponsabilidade financeira”, face “à atual conjuntura económica e situação financeira do Município”. O vereador eleito pela Coligação PSD/CDP-PP entende que “existem outras prioridades no concelho”, e acusou mesmo o executivo camarário de “não cumprir com os compromissos, prejudicando a vida de muitas instituições que aguardam pagamentos por parte do Município”. Uma critica que não mereceu comentários por parte do presidente do Executivo, Ricardo Cruz, que lembrou apenas que, este ano, o investimento em iluminação apresenta uma redução significativa relativamente ao ano passado, por força daquilo que são também as diretrizes do Governo nesta matéria.
“Se fizéssemos a mesma iluminação do ano passado isso iria custar 30 e tal mil euros, não o fizemos, reduzimos e tivemos o cuidado de reduzir não só a questão do horário, como colocámos iluminação LED para que efetivamente houvesse menos consumos energéticos” explicou o edil.
Quem não poupou elogios à iniciativa do Município foi a vereadora eleita pela Coligação, Maria do Rosário Pereira de Almeida, que entende que num país onde “a TAP continua a levar milhões e ninguém reclama e o Governo continua a investir na TAP”, também é justo que Tábua e os tabuenses mereçam este “mimo”.
“Pessoalmente eu acho que o dinheiro foi bem empregue”, afirmou, sem hesitar a “oposição” ao colega de vereação. A autarca não se limitou a enaltecer a importância da iluminação natalícia, como mostrou também o seu “apreço” pelos sucessivos acontecimentos culturais que têm vindo a acontecer em Tábua. “Para mim pessoalmente é um gosto, os acontecimentos culturais são realmente gratificantes e muito apelativos”.