Tábua dispõe a partir de agora de uma nova “ferramenta” de apoio ao tecido empresarial, mas também ao chamado setor social e particulares, que vai ajudar a alavancar os seus projetos com base em novos conhecimentos, inovação e competitividade.
Trata-se do novo Espaço @GIR – Gabinete de Inovação Regional e foi apresentado na passada terça aos tabuenses, numa sessão que contou com a presença de responsáveis do IPC e de vários empresários e dirigentes locais, no Centro Cultiva de Tábua, onde vai funcionar quinzenalmente às quartas feiras.
A dar as boas vindas ao novo espaço, que vai complementar aquilo que é a oferta de formação instalada naquele edifício, o presidente do Município de Tábua, Ricardo Cruz, sublinhou a importância desta parceria mais “estreita” com o IPC, no sentido de potenciar o desenvolvimento da região. “Este é um projeto deles e é um projeto nosso, que vai ficar ao serviço da comunidade e de todos vós no sentido de alavancar aquilo que é o desenvolvimento e a competitividade das nossas empresas”, afirmou.
A frisar que a abertura destes espaços faz parte da “estratégia do IPC” de aproximação ao território, nomeadamente aos territórios de baixa densidade, a vice presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Verónica Castanheira, afirmou que a ideia é “levar o IPC ao terreno” e “não ficar à espera que o território venha pedir ajuda a Coimbra”. “Este projeto, como bem disse o senhor presidente da Câmara não é do IPC, não é do Município de Tábua, é de cada um de vós que possa querer trabalhar connosco”, fez notar , adiantando que o objetivo é “vir ao terreno auscultar as pessoas”. “Queremos vir para cá como uma ajuda ao vosso trabalho, não queremos ser só um espaço físico”, sublinhou ainda a dirigente, que aproveitou para deixar claro que “não queremos ocupar o espaço de nenhuma entidade”. “Não tenham esse receio, porque aquilo que queremos fazer é encaminhar para dar soluções às empresas e acrescentar valor aos projetos”, fez questão de esclarecer, sublinhando que esta ligação ao território é “importante para o IPC” e para Tábua, que só este ano lectivo, nas várias unidades orgânicas, conta com 67 alunos oriundos do concelho. “É importante que estes alunos não se percam e que possam regressar ao território com novos conhecimentos”, afirmou.
Na impossibilidade de estar presente nesta sessão, o presidente do IPC, Jorge Conde, fez questão de enviar uma mensagem, através de vídeogravação, ao território e aos seus agentes de desenvolvimento, considerando também ele da maior importância esta parceria com as Câmaras Municipais e com as empresas. “Este é um projeto criado para trabalhar em parceria com as Câmaras, com as empresas e com todo o território no sentido de lhes levar a nossa capacidade instalada do ponto de vista da inovação, do desenvolvimento, do conhecimento, e trazer dessas empresas, a experiência de quem trabalha no dia a dia, de forma a criarmos conhecimento conjunto e podermos encontrar estratégias para tornar este território mais competitivo e mais atraente”, afirmou o presidente do IPC, revelando que “o Politécnico está muito empenhado nesta missão com o território e nesta parceria com as autarquias e com as empresas, de modo a capitalizar esta ideia de agir pela região de Coimbra”.
Presente em todos os concelhos de baixa densidade da CIM Região de Coimbra, o @AGIR é constituído por uma equipa multidisciplinar que faz a ligação das várias unidades orgânicas e escolas do IPC aos territórios e às suas forças vivas, numa lógica de apoio à inovação tecnológica, empresarial e social de base regional.
Técnica coordenadora do projeto, Joana Lemos, fez precisamente esse sublinhado, lembrando que esta é uma oportunidade para IPC e território se unirem numa “partilha de conhecimento” que visa o desenvolvimento da região. “Saímos dos gabinetes para vir ouvir as empresas e as entidades e fazer um diagnóstico das suas necessidades, mas também levamos alguns desafios”, referiu, na sessão em Tábua, que contou casa cheia.