O dia 16 de setembro foi a data de início do novo ano letivo, que levou 1176 alunos às salas de aula do Agrupamento de Escolas (AE) de Tábua, desde o pré-escolar ao 12º ano, abrangendo também o ensino profissional.
Poucos dias volvidos após o arranque das atividades o balanço é positivo. Sidónio Costa, diretor do Agrupamento de Escolas de Tábua está a em crer que os primeiros dias de aula estando a correr tudo dentro do que “é normal”.
O número de alunos, 1176, que este ano frequenta a escola é “praticamente igual” ao registado no ano anterior, situação que contraria a tendência de diminuição do número de alunos que se vinha a verificar. Sidónio Costa verifica que a saída de alunos da escola no último ano, por finalização do ciclo de estudos, prosseguimento para a via profissional ou superior foi, este ano, compensada pela entrada de novas crianças ao nível do pré-escolar e o 1º ciclo. Para além das crianças que terminam o pré-escolar no privado e entram para o 1º Ciclo, Sidónio Costa destaca também o aumento do número de alunos estrangeiros, sejam ucranianos e de outras nacionalidades que se têm fixado no território, especialmente na zona de Midões. O responsável espera que a tendência crescente se mantenha, situação que por via do aumento da natalidade considera difícil, atendendo ao clima de “incerteza” que se vive no país e no mundo. Neste aspeto, não deixa de apreciar a postura do Município de Tábua no apoio social que presta às famílias. “Tem tido um papel muito ativo”, frisou.
A falta de um docente de Educação Tecnológica foi a única baixa registada ao nível da colocação de professores (cerca de 140), situação que afetou os alunos do 7º, 8º e 9º anos. Esta é uma situação em via de resolução, segundo avançou Sidónio Costa.
Constrangimento maior é o que resulta da mobilidade da terapeuta da fala que estava ligada ao Agrupamento de Escolas de Tábua e que está a afetar cerca de 90 alunos sinalizados ao nível do pré-escolar e 1º Ciclo. “A tutela ainda não atribuiu ninguém, nem deu autorização para concurso”, refere com preocupação o diretor do Agrupamento, que também já reuniu com a Diretora Regional dos Estabelecimentos Escolares sobre este assunto. Para já, vale o protocolo estabelecido com a ARCIAL de Oliveira do Hospital, no âmbito da candidatura ao Centro de Recursos para a Inclusão, que possibilita algumas horas de algumas valências, designadamente no âmbito da terapia da fala.
O problema não se coloca ao nível do apoio psicológico, contando o Agrupamento com dois psicólogos e de um terceiro profissional ao abrigo do projeto “Mais Sucesso Escolar” implementado pela Câmara Municipal.
Com jardins-de-infância em quase todas as freguesias, o AE de Tábua dispõe de 1º Ciclo no Centro Escolar de Tábua, em Midões e em Mouronho. A EB2 de Tábua acolhe ainda turmas do 4º ano. A Escola Básica Margarida Fierro Caeiro da Matta (Midões) disponibiliza ensino até ao 9º ano. O ensino secundário com 3º Ciclo está localizado na vila de Tábua.
“Somo uma escola inclusiva”
A oferta formativa após o 9º ano passa pelas áreas de Ciências e Tecnologia, Línguas e Humanidades e Ciências Sócio Económicas. Sidónio Costa destaca ainda a aposta na vertente profissional com os cursos de Técnico de Turismo, Gestão de Sistemas Informáticos e Técnico de Desporto, com 70 alunos. Tratam-se de cursos profissionais que “permitem prosseguir os estudos para o ensino superior. “Este ano foram cerca de uma dezena”, verificou o diretor, notando que apesar da concorrência nesta área, o AE de Tábua vai continuar a apostar no ensino profissional, proporcionando aos alunos “as melhores condições para que tenham sucesso”. “Coexistimos pacificamente”, notou o responsável referindo-se à escola profissional Eptoliva. Sem ligar a rankings, Sidónio Costa não deixa de apreciar que o mais recente ranking do ensino profissional tenha colocado o AE de Tábua em 10º lugar no conjunto de 37 escolas da região. “Acho que temos feito bem as coisas”, sublinhou.
Responsável pela direção do AE de Tábua, Sidónio Costa destaca o lema da escola de “não deixar ninguém para trás” e de ser “uma escola inclusiva”, premiando o mérito dos melhores alunos, mas também dos que mais se esforçam, tal como foi possível verificar no passado dia 17 de setembro, por ocasião da cerimónia do Dia do Diploma.
Ao Notícias de Tábua, Sidónio Costa avançou que para já a colocação de mais quatro assistentes operacionais resolvia algumas lacunas sentidas nesta área, sabendo contudo que o Município está a tratar desta matéria, tal como de outras, na sequência do processo de transferência de competências na área da Educação. A ambas as partes tem valido o “diálogo”. “Temo-nos entendido e acredito que as coisas estão a correr bem”, entende o diretor.
Escola Secundária necessita de “obras mais de fundo”
Sidónio Costa sabe que não cabe à Câmara Municipal fazer obras, mas tem que “tratar da manutenção dos espaços”, tal como aconteceu no ano passado em que procedeu à substituição das coberturas dos blocos A e B da Secundária, que ficaram danificadas com o granizo, assim como na EB2. Sabendo que o Ministério da Educação “pretende renovar algumas escolas e que a Camara Municipal já conseguiu colocar o assunto na agenda”, Sidónio Costa espera que em 2025 ou 2026 possam ocorrer “obras mais de fundo” na Escola Secundária. Ainda que o edifício da Escola de Midões seja “mais recente” o diretor também destaca a necessidade de manutenção daquele espaço, já que “a qualidade daquela obra não foi a melhor”.