O Município de Tábua procedeu à assinatura dos contratos de financiamento das primeiras quatro habitações que vão ser reabilitadas no concelho, no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, num investimento de 440 mil euros.
Na sessão, que contou com a presença da Secretária de Estado da Habitação, Fernanda Rodrigues, e dos beneficiários diretos, foi dada a conhecer a Estratégia Local de Habitação que visa, segundo o presidente da Câmara, Ricardo Cruz, a melhoria da qualidade de vida dos tabuenses, sobretudo daqueles que ainda vivem em condições indignas. “Temos andado, temos corrido, temo-nos esforçado na concretização deste desígnio”, afirmou o edil, que num trabalho conjunto com o pelouro da ação social e as Juntas de Freguesia, sinalizaram um total de 77 habitações em condições indignas, no concelho.
Destas, 14 já foram alvo de candidatura ao Programa de Apoio à Habitação sendo que, quatro já se encontram com financiamento garantido, e outras quatro serão validadas a breve trecho. “Esse é o nosso esforço de nos colocarmos ao serviço das populações que têm mais necessidade neste mesmo momento”, fez notar o autarca, que a par com este eixo prioritário das habitações indignas, aposta também na resposta de alojamento temporário. Neste matéria, o Município propõe-se recuperar, para já, dois imóveis – as antigas escolas primárias de Vila Nova de Oliveirinha e Covelo, havendo ainda um terceiro edifício que vai ser alvo de candidatura com o mesmo objetivo de fazer face a situações de urgência de alojamento temporário: a antiga escola da Moita da Serra.
Noutro eixo, no âmbito da CIM da Região de Coimbra, o Município fez também o “trabalho de casa”, posicionando-se como o 5º concelho com maior volume de fogos identificados para candidatar ao Programa de Acesso à Habitação que tem disponível para a região um pacote financeiro de 17 milhões de euros. “Nada está garantido se não continuarmos o nosso trabalho e não colocarmos a obra no terreno que é esse o nosso desígnio”, afirmou Ricardo Cruz que fala num caminho que tem de ser trilhado de forma “justa”. A par destes investimentos, a autarquia aposta também no aumento da oferta ao nível do parque público de habitação, com mais 93 fogos ao serviço do arrendamento acessível.
Considerando que o investimento em habitação contribui “para se atingirem os objetivos propostos em vários dos desafios atuais”, a Secretária de Estado, Fernanda Rodrigues, garante que este é um dos desígnios do atual governo, que conta como parceiros privilegiados nesta estratégia, os municípios que “assumem um papel de intervenção em proximidade, garantindo que as políticas públicas são executadas e impactam as vida das pessoas”. Para a governante, Tábua é um bom exemplo nesta matéria. “Consciente dos problemas do seu território relacionados com as famílias que vivem em condições indignas, o Município foi desde a primeira hora exemplo de motivação e empenho na procura de soluções para esta realidade”, afirmou a secretária de Estado da Habitação, recordando que em 2021, após a entrega da Estratégia Local de Habitação, celebrou com o IHRU um acordo de colaboração que permitirá garantir a habitação de qualidade a 41 agregados familiares, correspondentes a 82 pessoas, que vivem hoje em condições indignas num investimento superior a 2,1 milhões de euros. “Hoje damos mais um importante passo para garantir habitação digna a estas famílias”, sublinhou, lembrando que estas respostas são o exemplo do “aproveitamento das oportunidades” de investimento e desenvolvimento dos fundos disponibilizados para o setor, e que “estou certa, produzirão efeitos na resposta habitacional a famílias mais vulneráveis, contribuindo para a inclusão social, a sustentabilidade e coesão territorial”, afirmou, a concluir a sua intervenção em Tábua.