O Movimento de Apoio às Vítimas do Incêndio de Midões (MAAVIM) anunciou através de comunicado que vai instaurar um “processo contra o Presidente do Município de Tábua”, na sequência de “afirmações e declarações” proferidas na última reunião pública do executivo. Em reação, Ricardo Cruz garante estar “de consciência tranquila e com muita serenidade”.
Conforme comunicado enviado ao Notícias de Tábua, o MAAVIM que é liderado pelo vereador da oposição Fernando Tavares Pereira, entende que o autarca tabuense proferiu “insinuações graves” que “demonstram uma ignorância contabilística” por parte do autarca.
“O MAAVIM tem simplesmente a dizer que tem as contas auditadas e entregues no Ministério Público e que não suscitaram qualquer dúvida conforme tem sido por vezes alimentado por alguns autarcas, explicando com este comunicado que os donativos em bens, conforme artigo 29°do Civa devem ser alvo de fatura que posteriormente estão refletidos no mesmo valor como donativo”, refere.
Note-se que na última reunião do executivo, realizada em 27 de outubro, o autarca tabuense denunciou a existência de faturas do grupo FTP, liderado pelo vereador, emitidas ao MAAVIM, conforme balancete que tinha na sua posse.
“Infelizmente as afirmações falsas e difamatórias do Sr. Presidente do Município de Tábua, afetaram gravemente a integridade moral dos membros, associados, empresas e anónimos que ajudaram este movimento a apoiar as populações afetadas”, reage o MAAVIM que vem acusando a autarquia de vir a obstruir o processo de atribuição de estatuto de utilidade pública àquele movimento.
Ao Notícias de Tábua, o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Cruz disse estar “totalmente de consciência tranquila e com muita serenidade”. “O Sr. Fernando Tavares Pereira, enquanto vereador, dá vontade de rir porque é o “Ás” dos processos em tribunal. É caricato que o faz sempre que alguém diz as verdades”, reagiu Ricardo Cruz.
A propósito do constante recurso aos tribunais, Ricardo Cruz lembrou que o próprio vereador, ainda no início do mandato, avançou junto do Tribunal Constitucional com uma contestação aos resultados eleitorais autárquicos, que não foi aceite, e “nem se dignou a tomar posse na sessão, tomando posse em reunião posterior”. “Não se pode esperar mais nada dessa pessoa”, concluiu.