A MAAVIM, em defesa dos lesados dos Incêndios de Outubro de 2017, continua a reivindicar ajudas aos seus lesados e à população afetada.
Em comunicado enviado ao Notícias de Tábua a Associação verifica que “embora muito se fale acerca do assunto dos incêndios e que o problema tem de ser resolvido, continuamos com os mesmos problemas e sem fim à vista, Ano Novo, problemas velhos”.
Refere que “ainda esta semana, numa reunião em Lisboa, com todos os países europeus se debateu o tema dos incêndios. Conforme disse o Comissário Europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarčič, em Lisboa, por cada euro investido na prevenção, poupam-se dois euros em prejuízos”.
“Hoje ainda existem milhares de agricultores que nunca tiveram qualquer ajuda, centenas de famílias que ficaram sem a sua primeira habitação e dezenas de empresas que nunca mais reabriram por falta de apoio”, insiste a MAAVIM.
“Nos anos seguintes tivemos catástrofes em Monchique, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Castro Marim, na região de Leiria e agora na Serra da Estrela. Os problemas continuam os mesmos, acrescentando a desertificação. Prometeram tudo, desde a União Europeia, ao Presidente da República, Governo Português, Diversas CCDR´S e CIM´S, às autarquias, mas continuamos iguais”, refere ainda.
A nota que “muitos já morreram à espera das promessas devidas”, a MAAVIM questiona “para onde foi o dinheiro?”. “Fez-se mais, é certo, mas esse mais é o gastar milhões em estudos e agências, mas o que é preciso é gastar nas pessoas que estão no território, na Agricultura do território, na Floresta do território, nos Bombeiros do território. É preciso acabar com a burocracia no combate aos incêndios, pois não podemos ter centenas de bombeiros à espera de ordens de Lisboa, enquanto tudo arde”, observa.
A MAAVIM não quer que o Presidente da República para o território “de bolsos vazios”. “As populações afetadas pelos incêndios deste ano de 2022 quer na região de Leiria, quer na Serra da Estrela não tiveram sequer acesso ao apoio simplificado, que foi medida instituída em 2017 após a tragédia de Pedrógão”.
No entender da Associação, “não se combatem os incêndios, sem combater a desertificação e a desertificação combate-se apoiando quem está no território, porque isso fica mais barato a todos os portugueses”.
“Ainda não veio um cêntimo de apoio para os prejuízos dos Incêndios de Agosto de 2022. Continuamos sem ter culpados. Nós não somos culpados, somos vítimas”, conclui.
No mesmo comunicado, a MAAVIM lamenta ainda a perda de “um grande homem, Carlos Santos, natural de Mêda de Mouros, que sempre ajudou as populações através da MAAVIM e diretamente logo após os Incêndios de 2017, mas também o fez em outras ocasiões”.