Num mês, em que o país assiste “a mais uma calamidade” a MAAVIM verifica em comunicado “que os mesmos problemas continuem a existir”. “São as comunicações, são as ações, é o auxílio à população, é a falta de meios, enfim muita desorganização que acaba em tragédia para o território e para as populações”, refere.
Para a MAAVIM “a prevenção é definitivamente a maior falha e onde mais temos de investir”. “De uma vez por todas, não podemos continuar a andar a remediar um problema que é mau para todo o país. A MAAVIM continua a aguardar a abertura da comissão de inquérito aos incêndios de Outubro de 2017, depois do fecho do relatório dos incêndios de Pedrogão”.
A MAAVIM lamenta que “o governo e muitas das autarquias locais continuem a ignorar as famílias que ficaram sem a sua habitação e sem os seus bens, não lhes dando qualquer apoio”.
“Lamentamos as autarquias que pediram dinheiro aos portugueses para as contas solidárias em 2017 e em 2022 ainda não o tenham utilizado para o fim para que foi pedido. Continuamos com milhares de lesados que nunca foram apoiados e que tinham direito aos apoios e ajudas anunciadas. Ao invés de outros que tiveram ajudas e que o próprio Tribunal de Contas veio denunciar”.
De acordo com o conhecido Movimento “continua a mesma maneira de atirar a culpa para a frente”. “Continua a conversa de se ir analisar o que correu mal. Continua a desculpa de que são as condições climáticas. Enfim, continua a adiar-se o problema e a não se tomarem decisões de raiz”.
“A agricultura e a floresta na zona Centro tem de ser apoiada já e não após os incêndios, pois são eles que mais podem prevenir os incêndios florestais. Tudo é muito lento e depois a desertificação aumenta, sem se perceber bem porquê… Estamos a enfrentar ondas de calor que podem trazer novos episódios de incêndios de dimensões anormais e sem regras com aplicação prática, tudo é um barril de pólvora. Continuamos com um território devastado e que não foi apoiado, mesmo com tanta promessa do governo”, conclui.