O livro “Bambolina” que conta a história da jovem Maria Luíza que sempre quis estudar música e enfrenta o dilema de estudar fora ou ficar, e que pelo meio, conhece em Amesterdão um rapaz italiano “Lorenzo”, violinista, é o primeiro livro de Maria Filomena Galvão. A autora que nasceu em Almada, local onde reside e trabalha, tem ligações familiares a Meda de Mouros, no concelho de Tábua.
É a forma carinhosa como Lorenzo trata Maria Luísa, “Bambolina” – Bonitinha, que serve de título ao livro com 170 páginas e que conta com chancela da ChiadoBooks. Trata-se de uma publicação de autor, que Maria Filomena Galvão custeou na íntegra, para tirar do computador o livro que começou a escrever antes da pandemia e que concluiu naquele período.
“Muitas pessoas me incentivaram”, contou ao Notícias de Tábua a autora que viu o seu livro “vir a lume” em 17 de março de 2021. “Ofereci um exemplar ao meu pai. Não havia abertura para grandes divulgações devido à pandemia. E quando começou a haver abertura, também não tive grandes oportunidades de espaços. Fiz uma apresentação pequenina em Almada, num jardim”, recorda a autora.
Porém, as fortes ligações que mantém com as gentes de Meda de Mouros e do concelho de Tábua facilitaram o lançamento de “Bambolina” na Biblioteca Municipal João Brandão, no passado dia 7 de outubro. “Foi um dia memorável para mim ”, refere a autora ao Notícias de Tábua, notando que foi convidada para proceder ao lançamento pelo Município de Tábua que se fez representar no evento pelo vice-presidente António Oliveira. “A Biblioteca acolheu com muito público. As pessoas são espetaculares e a maioria eram Meda Mourenses”, nota com satisfação.
Afinal a autora, professora de Português, formada em Línguas e Literaturas Modernas sempre manteve ligações à terra dos seus pais, Meda de Mouros. “As férias grandes eram passadas na terra e também o Natal e a Páscoa. Deixei sempre lá as minhas raízes”, recorda Maria Filomena Galvão que, desde nova, sempre teve gosto pela leitura e pela escrita. “Sempre fui habituada a escrever e a ler, que era fundamental para poder interpretar”, conta, lembrando que era frequente os pais darem-lhe palavras cruzadas para resolver, recibos de rendas para preencher, cartas para escrever a familiares e até aerogramas para enviar ao padrinho que estava na Guiné.
Sem jeito para policiais ou outros estilos literários, Maria Filomena Galvão tem gosto particular pela escrita romanceada, como a que apresenta em “Bambolina”. A professora de Português inspirou-se nos seus alunos para escrever o livro e por verificar a existência de “uma lacuna” de livros com a linguagem dos jovens. Ao mesmo tempo, “Bambolina” reflete aspetos que a autora foi buscar às suas raízes. “O livro tem um bocadinho do meu conhecimento”, partilha.
Na calha Maria Filomena tem já cerca de 50 páginas para aquele que deverá vir a ser o seu segundo livro. Para já, a autora que ainda leciona em Almada, confessa que não tem muito tempo para a escrita. “É difícil conciliar o trabalho, a vida de casa e a família”, refere Maria Filomena Galvão, na certeza porém que “Bambolina” não deverá ser “filho único” da autora.
O livro “Bambolina” está disponível por encomenda junto da autora, FNAC, Bertrand e através do site da editora ChiadoBooks.
Sobre o livro:
“Bambolina” aborda a história de Maria Luíza, uma jovem que quer enveredar pelo mundo da música e que vive conflitos e paixões próprios da idade. Um dos conflitos é geracional e trava-o sobretudo com a mãe. Outro é interior e leva-a a debater-se entre ficar numa faculdade nacional ou ir estudar para o estrangeiro. Para isso tem de conseguir uma bolsa ou entrar em Erasmus. No meio destes dilemas surge Lorenzo, um belo rapaz italiano, violinista, que conhece em Amesterdão e lhe vem despertar emoções e sentimentos que nunca tinha tido.