A localidade de Covas, no concelho de Tábua, tem sido assolada por vários focos de incêndio que têm levantado a suspeita de fogo posto. As ignições têm surgido numa zona de mato, que tinha sido devastada pelo grande incêndio de 15 de outubro de 2017.
A possibilidade de que alguém anda a atear o fogo na localidade de Covas, está a gerar preocupação entre a população que tem bem presente na memória a tragédia causada pelo grande incêndio que ocorreu há quase cinco anos.
“Só nos últimos 10 dias foram registadas sete ignições em Covas”, referiu preocupado o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha, no concelho de Tábua, notando que uma das recentes ignições ocorreu no domingo à noite, pelas 23h18.
E é exatamente pela hora a que são registados os focos de incêndio, ocorrendo alguns em simultâneo, que paira o receio de fogo posto. “Para já não há desconfiança de ninguém, mas três foram em simultâneo, já ao entardecer e outros durante a noite, e à noite não há sol. Só pode ser mão criminosa”, avançou Nuno Santos ao Notícias de Tábua.
Pese embora o número elevado de ignições, “para já não há grande área ardida”, porque “o local é relativamente perto da corporação”. “Temos conseguido debelar os incêndios à nascença”, referiu, notando que a corporação tem contado com o apoio das corporações vizinhas.
O local onde têm surgido as ignições “foi percorrido pelos incêndios de 2017” e é “uma área que tem estado ao abandono”. “É mais mato, porque árvores de grande porte não há”, refere o responsável, garantindo que a corporação tem estado “sempre em prontidão” para acorrer aos focos de incêndio que ocorrem na sua área de intervenção, assim como para “ajudar outras corporações”. “Eles precisam de nós e nós precisamos deles”, frisou.
Segundo Nuno Santos, as autoridades estão a investigar as ignições ocorridas. Nuno Santos põe de lado a possibilidade de reacendimentos. “Já se estão a esquecer do 15 de outubro”, lamenta.
Por apurar estão também as causas de um incêndio ocorrido na Póvoa de Midões junto a uma habitação, numa zona de mimosas e feno. O fogo destruiu uma área de 800 metros quadrados, mas foi “mais complexo por ser junto às casas”. Na ocasião, os bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha contaram com o apoio das corporações vizinhas e intervenção de meios aéreos.