Um dia depois de a Câmara Municipal de Tábua ter aprovado um voto de pesar acompanhado de um minuto de silêncio em memória dos três “herois” da corporação de Vila Nova de Oliveirinha, esta tarde, foi a vez da Assembleia Municipal fazer aprovar o mesmo voto, fazendo também um minuto de silêncio, seguido de palmas, em homenagem aos três bombeiros, Sónia Melo, Paulo Santos e Susana Carvalho falecidos no passado dia 17. A proposta, que abriu o período antes da ordem do dia da reunião, foi precedida de várias intervenções de pesar pela morte dos três soldados da paz, ainda jovens, que morreram a combater um incêndio em Vila do Mato, Midões.
Na sua intervenção, o presidente do Município tabuense, Ricardo Cruz, apelou, uma vez mais, ao “respeito” pela dor destas familias e de todos os tabuenses, tal como já tinha feito ontem durante a reunião pública do executivo, julgando que determinadas considerações “gratuitas”, como têm vindo a público, não “ajudam em nada” as pessoas, nem o concelho a reerguer-se.
“Não puxem comentários que não respeitem a dor dos tabuenses”, advertiu o edil, lamentando o “aproveitamento político e a confusão que se tentam criar neste momento dificil para todos”.
“É preciso que percebam a dimensão da dor dos tabuenses”, vincou o autarca, aproveitando para reiterar os agradecimentos a todos os autarcas do concelho e entidades que colaboraram com o Município e com as entidades de Proteção Civil durante os incêndios.
Ricardo Cruz lembrou ainda o trabalho feito de “aviso e de prevenção” junto das populações, o investimento na valorização das duas corporações de bombeiros do concelho, nomeadamente as suas EIP´s ( Equipas de Intervenção Permanente) adiantando que já esta semana, em reunião da CIM Região de Coimbra, avançou com a proposta da criação de uma Área de Intervenção e Gestão da Paisagem (AIGP) especifica para esta zona ardida. Portanto, “este é um momento de estarmos unidos”, fez notar, partilhando também a ideia de que é preciso medidas mais “radicais” e “musculadas” para resolver os problemas da floresta.
Da bancada do PSD, ouviram-se também apelos a que a perda destes três herois não seja em “vão” e que não passe em “branco” em termos de políticas futuras.