A Liga dos Amigos da Freguesia de Ázere (LAFA) promoveu, no passado dia 8 de outubro, a 1ª Feira das Sopas que registou uma boa recetividade por parte da população local e mereceu a visita de “muitas pessoas” vindas de fora. Cumprida a primeira edição, o sentimento é de “missão cumprida” e a certeza de que a Feira estará de regresso em 2023.
“Certamente que vai continuar no plano de atividades, tendo em conta o sucesso que alcançámos”, assim entende o presidente da direção da LAFA que, ao Notícias de Tábua, dá como bem empregue o esforço de todos os elementos da associação e dos muitos amigos que ajudaram na preparação deste que se pretende afirmar como mais “um grande evento” de valorização e promoção da freguesia de Ázere.
Tiago Gomes, com 35 anos, preside desde há sete anos aos destinos da LAFA, mas a sua ligação à associação já vem desde miúdo. O próprio pai foi presidente durante cerca de 20 anos e quando Tiago foi desafiado a assumir o desafio não teve como recusar. Aceitou e a sua vontade é de continuar ligado à LAFA. “É uma casa que tem muita história. Vamos fazer 67 anos”, refere com orgulho o jovem, que apesar de não se encontrar a residir na freguesia, não esquece a sua terra, tal como acontece com outros jovens que se encontram emigrados ou fora do concelho. “Não vivo lá, mas é como se lá vivesse. Foram 30 anos praticamente lá”, refere, contando que vive “muito a localidade”. É que apesar de ser “uma pequena aldeia”, Ázere “tem muita riqueza e potencial”.
E, foi a pensar nisso, que Tiago e a LAFA, constituída na maioria por “jovens entre os 30 e os 40 anos”, decidiram apostar na Feira das Sopas, enquanto “grande evento” que se vem juntar a outras iniciativas de referência como a Descida do Rio Mondego, que anualmente junta entre 60 a 70 participantes, as Caminhadas que acontecem duas vezes por ano e as fornadas de pão e bolas, que marcam o último domingo de cada mês. Afinal, Ázere “é terra de padeiros” e a realização desta atividade merece a procura por parte de pessoas da freguesia, do concelho e de toda a região. “É uma atividade sempre com sucesso, com fornadas esgotadas”, refere orgulhoso o presidente da LAFA, referindo que devido à crescente procura as fornadas funcionam por “encomenda”. Para a LAFA, esta acaba por ser “a mina de ouro” da associação por permitir a angariação de verbas que facilitam a gestão corrente da coletividade. Ao mesmo tempo, proporciona o convívio entre todos os elementos da Associação, que ali se juntam no último domingo do mês.
A ideia de realização da Feira das Sopas não é nova, mas vinha sendo adiada. Tiago Gomes estima que o certame tenha atraído cerca de 300 visitantes que degustaram as sete sopas a concurso (Sopa de Feijão Verde, Sopa das Vindimas, Sopa de Peixe (Vencedora), Caldo Verde, Canja, Sopa da Pedra e Sopa de Beldroegas) preparadas por pessoas da freguesia. “Foi muita gente para uma primeira vez”, verifica o dirigente para quem esta foi “uma missão bem sucedida” e para a qual contribui o “bom nome” que a LAFA tem vindo a construir ao longo dos anos.
Atendendo ao sucesso, Tiago não tem dúvidas de que a Feira vai voltar a ser realizada, pelo menos enquanto se mantiver na direção da LAFA. Em 2023, vão decorrer eleições no seio da associação e poderá surgir outra lista concorrente que vença. “Mas, se eu ficar com a restante equipa, a Feira das Sopas está marcada para 2023”, sustenta o dirigente que com a restante direção assume que o foco e a missão da LAFA é de “dar vitalidade à freguesia”.
A 1ª Feira das Sopas decorreu nas instalações da LAFA e contou com baile, concertinas e DJ.